Diego Giovani Bonifácio é um arquiteto contemporâneo que pensa com as mãos e desenha com a escuta. Sua trajetória multidisciplinar se desdobra entre o traço expressivo, o espaço habitado e a palavra crítica — articulando prática projetual inovadora, produção gráfica sensível, pesquisa histórica rigorosa e docência transformadora com rara sensibilidade poética. É mestre pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), onde desenvolveu uma investigação profunda e original sobre o "risco arquitetônico" do templo jesuítico-guarani de São Miguel Arcanjo, no Rio Grande do Sul.

Mais do que um estudo formal convencional, seu trabalho acadêmico mergulha nos impasses históricos e culturais entre o arquiteto europeu e o pároco local, revelando as camadas complexas de tensão entre técnica construtiva, fé religiosa e território colonial — um olhar crítico e decolonial sobre os modos de representação arquitetônica e apagamento cultural presentes na história da arquitetura sul-americana. Esta pesquisa inovadora contribui significativamente para os estudos sobre arquitetura colonial brasileira, patrimônio histórico e preservação cultural.

Sua formação sólida como arquiteto e urbanista pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), complementada por cursos especializados e formações em diversas instituições de excelência acadêmica — UFMG, UFRGS, Escola da Cidade, Instituto Tomie Ohtake, MASP — lhe conferiu uma base teórica e prática plural e consistente. É também especialista em Design de Interiores pelo SENAC, com uma monografia inovadora dedicada à sensorialidade no espaço arquitetônico de interiores nas obras conceituais de Cildo Meireles e Hélio Oiticica, reafirmando seu compromisso acadêmico com a dimensão poética e experimental dos ambientes construídos e das instalações artísticas contemporâneas.

Na prática profissional contemporânea, Diego atua principalmente em projetos residenciais inovadores e projetos comerciais sustentáveis, com foco especializado na requalificação de espaços urbanos degradados, arquitetura cultural comunitária e design sensorial terapêutico. Seu projeto emblemático de reocupação da antiga área industrial da Machina São Paulo, em Limeira, propõe um Centro Cultural metropolitano conectado ao patrimônio industrial histórico da cidade, promovendo revitalização urbana através da cultura.

Esta proposta arquitetônica foi apresentada em congressos nacionais e internacionais de arquitetura e urbanismo, recebendo menções honrosas e premiações prestigiosas, como o Prêmio TIL (Buenos Aires, 2014) e reconhecimento no Congresso COTF (Passo Fundo, 2015) — figurando entre os cem melhores trabalhos acadêmicos da América Latina, Espanha e Portugal no campo da arquitetura contemporânea. O projeto demonstra sua capacidade de integrar patrimônio histórico, inovação arquitetônica e impacto social através do design urbano.

Diego também participou de iniciativas internacionais de grande relevância, como o prestigioso Archiprix Madrid (2015) e o projeto Imaginary Pragmatics, selecionado para o PSAAP e promovido pelo Archiprix internacional. Nesses eventos acadêmicos de arquitetura contemporânea, seus projetos urbanos se destacaram por criar relações especulativas inovadoras entre cidade, imaginação e prática social — uma arquitetura experimental que ultrapassa os limites do edifício convencional e se aproxima da fabulação crítica, explorando territórios híbridos entre projeto arquitetônico e narrativa visual.

Seu reconhecimento internacional se consolidou com o convite para participar da Bienal de Arquitetura de Quito (2016), evento de prestígio continental que reúne os principais talentos emergentes da arquitetura latino-americana. Nesta bienal, apresentou seu projeto do Centro Cultural para Limeira, demonstrando a capacidade de diálogo entre arquitetura brasileira contemporânea e práticas arquitetônicas sul-americanas.

Como ilustrador profissional e artista visual, Diego atua em projetos editoriais brasileiros e projetos artísticos experimentais, tendo assinado as ilustrações originais do livro Causos (Amazon, 2023), de Mário César Bucci Florestal, onde explora narrativas populares através do desenho. Seu traço autoral, ora lírico e expressivo, ora técnico e rigoroso, revela a mesma atenção sensível que dedica à arquitetura: ele desenha para compreender espacialidades, para reconstruir histórias urbanas esquecidas, para abrir brechas poéticas no tempo histórico.

Sua participação na produção do documentário Limeira Colorida (2016) e como diretor de arte no curta-metragem Ferdinando demonstra sua versatilidade criativa na tradução de linguagens visuais arquitetônicas para diferentes mídias contemporâneas, integrando cinema, arquitetura e arte visual de forma inovadora.

Como professor universitário, Diego leciona atualmente nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil nas Faculdades Integradas Einstein de Limeira, tendo sido também professor no curso de Design de Interiores da FAAL. Em sala de aula, une rigor metodológico científico e liberdade crítica pedagógica, acompanhando dezenas de trabalhos de conclusão de curso (TCC) que atravessam temas contemporâneos como patrimônio cultural, moradia digna social, requalificação urbana sustentável e ecologia urbana.

Como docente, Diego leciona atualmente nos cursos de Arquitetura e Urbanismo e Engenharia Civil nas Faculdades Integradas Einstein de Limeira, tendo sido também professor no curso de Design de Interiores da FAAL. Suas disciplinas incluem áreas fundamentais como Representação Gráfica I e II, Modelos e Maquetes, Desenho do Objeto, Introdução ao Projeto, Ateliê de Projeto I, II e III, Comunicação e Expressão, Metodologia Científica, Trabalho Final de Graduação (TFG), e Urbanismo e Sociedade para Engenharia Civil.

Em sala de aula, une rigor metodológico científico e liberdade crítica pedagógica, desenvolvendo uma metodologia de orientação baseada no diálogo horizontalizado e no desenho como ferramenta fundamental de escuta, análise crítica e invenção projetual. Diego também atua na formação continuada de educadores e na produção de conteúdo didático especializado. Foi convidado pela Kroton Educacional para elaborar material pedagógico para o curso de Design Comercial, desenvolvendo cadernos de aula inovadores voltados à ambientação corporativa contemporânea e sensorialidade nos espaços de varejo.

Sua experiência internacional inclui aulas magistrais e palestras ministradas na Rice University (Houston, EUA) sobre a obra de Lina Bo Bardi e na Rhode Island School of Design sobre Vilanova Artigas, expandindo o alcance internacional de sua reflexão crítica sobre a arquitetura moderna brasileira e contribuindo para a difusão global do conhecimento arquitetônico nacional.

Diego participa ativamente como palestrante convidado, pesquisador e avaliador em eventos acadêmicos nacionais e internacionais de grande relevância. Suas comunicações científicas incluem apresentações no prestigioso Simpósio ACCOMMODATIO (Buenos Aires), onde apresentou "O Risco arquitetônico nas obras de Primoli", o Seminário "Histórias da Arte Cifradas" na FAUUSP com a comunicação "O traçado arquitetônico da igreja de São Miguel Arcanjo/RS: os impasses entre o arquiteto e o pároco da redução", e a conferência "Artes em Movimento" em Guarulhos com "Decoro e ordenação no templo guarani jesuítico de São Miguel Arcanjo/RS".

Sua extensa participação acadêmica inclui mais de duas dezenas de palestras e comunicações em eventos como: Semana da Arquitetura (Universidade Anchieta), onde apresentou "Processo de um TFG de Sucesso - Estudo de caso: Centro Cultural para Limeira"; conferências na Rice University (Houston) sobre "ARCHI LINA BO BARDI" e na Rhode Island School of Design; participação no projeto internacional "Barroque Architecture between Bavaria and Brazil" (FAUUSP); e comunicações sobre "Minhas memórias sobre o Arquiteto Paulo Mendes da Rocha" em diversas universidades brasileiras.

Como membro ativo da comunidade acadêmica, Diego atuou como monitor em disciplinas fundamentais da FAUUSP, incluindo "AUP- Estúdio Articulado Vida em Comum" (Prof. Dr. Álvaro Luis Puntoni) e "AUH-152. História e Teorias da Arquitetura II" (Profa. Dra. Renata Maria de Almeida Martins), contribuindo diretamente para a formação de novos arquitetos e urbanistas.

Sua pesquisa multidisciplinar percorre as tramas complexas entre arte contemporânea, arquitetura experimental e processos de criação colaborativa, com destaque especial para sua participação no projeto de pesquisa "Barroco Cifrado: Pluralidade Cultural na Arte e na Arquitetura das Missões Jesuíticas no Estado de São Paulo (1549-1759)" (FAUUSP/FAPESP), onde atua desde 2016 como pesquisador colaborador. Esta pesquisa contribui significativamente para os estudos sobre barroco americano, arquitetura colonial e patrimônio cultural brasileiro, resultando em publicações e comunicações em eventos científicos internacionais.

Sua atuação como conselheiro titular do CONDEPHALI (Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Limeira) para o triênio 2024–2026 reforça seu compromisso público com a preservação da memória urbana e com a responsabilidade cívica do arquiteto. Recentemente, foi aprovado entre os três primeiros colocados no Processo Seletivo Docente Unificado da Universidade Presbiteriana Mackenzie (2024), integrando o banco de talentos da instituição para futuras oportunidades acadêmicas.

Mais do que um profissional multidisciplinar de múltiplas áreas, Diego Giovani Bonifácio é um verdadeiro autor de linguagens visuais contemporâneas: trabalha criativamente com desenhos expressivos, palavras críticas, ideias transformadoras e estruturas espaciais inovadoras. Sua arquitetura contemporânea não está apenas nas plantas técnicas ou nas paredes construídas — está fundamentalmente na maneira poética como um espaço habitado conta uma história humana, evoca uma lembrança coletiva ou cria um futuro urbano possível.

Seus projetos arquitetônicos transitam conscientemente entre a precisão do traço técnico rigoroso e a liberdade do gesto artístico expressivo — entre o rigor metodológico científico e o risco criativo experimental. Movido pelo conceito inovador de "risco arquitetônico" que investiga profundamente em sua pesquisa acadêmica de mestrado, ele explora continuamente a tensão produtiva entre tradição cultural histórica e inovação contemporânea, entre a herança patrimonial preservada e o potencial transformador de criação arquitetônica.

Diego Giovani Bonifácio constrói sua prática profissional e acadêmica na intersecção estratégica entre experimentação gráfica contemporânea, memória urbana coletiva e intervenção arquitetônica social, sempre com atenção especial à sensorialidade espacial, justiça social urbana e engajamento comunitário participativo. Em cada linha expressiva que desenha, em cada projeto inovador que desenvolve, há uma possibilidade concreta de reinventar o cotidiano urbano e de expandir significativamente nossa percepção sensível do mundo construído e habitado.